apresentação

... a história, a evolução, os obstáculos e as vitórias por de trás de cada pedra ... o ontem e o hoje do património algarvio.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sé de Faro

Não sabia muito bem por onde começar, depois de alguma reflexão, achei que seria interessante começar a minha viagem por Faro, pela sua catedral.

Algumas das fotos que aqui coloco, foram gentilmente cedidas pelo Museu Municipal de Faro, aquando do desenvolvimento do meu primeiro projecto - Visitas audio-guiadas ao Centro Histórico de Faro (que falarei num tempo oportuno).

Agora a Sé... :)

A Sé de Faro, ou Igreja de Santa Maria, foi mandada construir, em 1251, pelo Arcebispo de Braga D. João Viegas, sobre as ruínas de antigos templos, romano, visigótico e árabe (descobertas feitas após as campanhas arqueológicas levadas a cabo pelo Câmara Municipal / Universidade do Algarve).

Em 1539, a pedido do bispo D. Manuel de Sousa, é decretada uma bula papal que transfere a Sé, de Silves para Faro. Esta bula é cumprida apenas em 1577, data em que o bispo D. Jerónimo Osório se muda para esta cidade. 

Em 1596, com as invasões das tropas do Conde de Essex, a Sé é incendiada e pilhada, sendo reconstruída ao longo dos dois séculos seguintes.

Os terramotos de 1722 e 1755 causaram vários danos, voltando-se a efectuar várias campanhas de obras, resultando destas uma alteração significativa do que seria a sua traça original. Actualmente a Sé de Faro apresenta uma mistura de estilos gótico, renascentista e barroco.

A sua cobertura é diferenciada em telhados de duas águas na nave central, capelas laterais e cabeceira e de uma água nas naves laterais. O seu volume exterior é irregular, marcado pelas capelas laterais, e pela possante torre gótica. Esta possui dois registos e encontra-se adossada à fachada principal da igreja, formando uma galilé quadrangular junto do portal principal.

Interiormente a Igreja apresenta características renascentistas, com decoração em estilo barroco. Apresenta uma planta longitudinal com três naves, separadas por colunas dóricas e arcos de volta perfeita. Tanto a capela-mor como as sete capelas laterais são revestidas a azulejo dos séculos XVII e XVIII e cobertas com retábulos em talha dourada.
De realçar a importância do majestoso órgão, de estilo orientalizante, decorado com motivos vegetalistas, de autoria do pintor Francisco Correia da Silva e datado de 1751/3.

No quintal adjacente existe um claustro inacabado, construído nos finais do século XVII.

A Sé de Faro está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 20 de Outubro de 1955. 

Alguma dúvida ou sugestão... já sabem... :)

Fiquem bem